
Segundo a polícia, R$ 34 milhões estavam em nome de pessoas físicas investigadas e R$ 50 milhões estavam vinculados a empresas de fachada usadas pelo grupo criminoso para lavar dinheiro.
Dezessete pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (30), durante a "Operação Skywalker", que investiga um grupo criminoso suspeito de traficar armas, munições e drogas com atuação central na região de Feira de Santana, a 100 km de Salvador.
Segundo a polícia, também foram cumpridos 27 mandados de prisão e de busca e apreensão. Ao longo das apurações, foram identificadas conexões interestaduais da organização, com ramificações no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro, além de movimentações financeiras suspeitas envolvendo interlocutores ligados ao crime organizado.
A Justiça também determinou o sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio judicial de valores que ultrapassam R$ 84 milhões.
- R$ 34 milhões em nome das pessoas físicas investigadas;
- R$ 50 milhões vinculados a empresas de fachada usadas pelo grupo criminoso para lavar dinheiro.
De acordo com a Polícia Civil, os mandados judiciais foram cumpridos em Feira de Santana, Salvador, Lauro de Freitas e Muritiba, além do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte.
Doze das 17 pessoas presas foram encontradas em Feira de Santana, duas em Brasília, duas em Lauro de Freitas e uma em Salvador.
A polícia informou que uma das investigadas mora no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e foi encontrada no Aeroporto de Brasília, após embarcar no Rio de Janeiro.
As investigações apontaram que a mulher, que não teve a identidade revelada, atuava diretamente na coordenação das atividades ilícitas do companheiro, considerado o chefe do grupo, que, mesmo custodiado em um presídio federal, continuava dando ordens ao grupo com apoio direto dela.
A polícia também revelou o envolvimento de um policial militar da reserva, apontado como elo entre os fornecedores de armamentos e os membros da organização criminosa. O bairro da Queimadinha, em Feira de Santana, funcionava como um dos principais pontos operacionais do grupo, sobretudo para o tráfico de entorpecentes.
Outro alvo da operação foi uma advogada, que mora em Feira de Santana, e movimentou, em contas pessoais, mais de R$ 6,8 milhões. As análises financeiras demonstraram relações suspeitas com os chefes do grupo.
A ação foi coordenada pela Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (RENORCRIM) e conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD).
Dezessete pessoas são presas suspeitas de tráfico de armas, munições e drogas na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia
Fonte: g1