Olhares insistentes e cantadas foram citados por 44% das entrevistadas, 26% disseram ter sofrido assalto, furto ou sequestro relâmpago e 17%, importunação sexual. Maioria relata ter mudado hábitos, como evitar lugares escuros (97%), escolher o lugar que vai se sentar no transporte coletivo (90%) e evitar sair à noite (89%) ou usar certas roupas ou acessórios (87%).


71% das mulheres do país dizem já ter vivido alguma situação de violência ao se deslocar, de acordo com um levantamento dos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, com apoio da Uber.

Das entrevistadas,

73% das entrevistadas disseram que sofreram violência durante deslocamentos a pé, 45% em ônibus, 13% em carro particular, 10% no metrô e 10% em carro de aplicativo.

A pesquisa mostra que, após a violência sofrida, 74% das vítimas nunca reagiram, e que 73% mudaram hábitos.

O levantamento diz ainda que quase todas as entrevistadas relatam adotar estratégias para se proteger. As mais comuns são evitar passar por locais escuros (mencionada por 97% das entrevistadas), escolher o lugar que vai sentar no transporte coletivo (90%) e evitar sair à noite (89%) ou usar certas roupas ou acessórios (87%).

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Importunação sexual: o que é e como denunciar?

Para as entrevistadas, a sensação de insegurança está ligada à ausência de políticas públicas que poderiam promover um deslocamento mais seguro. Para elas, os fatores que contribuem para a insegurança são:

80% das mulheres dizem ter "muito medo" ao se deslocar

A pesquisa revelou ainda que 97% das mulheres se deslocam com medo de que algo aconteça, sendo que 80% declaram sentir "muito medo".

Entre os principais temores, estão assalto/furto/sequestro relâmpago (66%), estupro (66%), importunação sexual (59%), agressão física (53%), receber olhares insistentes e cantadas inconvenientes (36%), sofrer preconceito ou discriminação (32%), sofrer racismo (34%).

📋 Os institutos ouviram de forma online 4.001 mulheres de 18 anos ou mais de todo o país que saem de casa 1 vez por semana. O levantamento foi feito entre 21 de junho e 11 de julho. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos






Fonte: g1