James Hamblin, professor da Escola de Saúde Pública de Yale, em 2019. — Foto: Reprodução/Instagram
O banho é considerado um momento de autocuidado, de aconchego com o próprio corpo, para muita gente. Mas não para James Hamblin, médico especializado em medicina preventiva e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale. Em 2015 ele tomou uma decisão radical: parar de tomar banho.
Com esse experimento, o médico tinha um objetivo claro: investigar os efeitos da higiene mínima na saúde da pele e no bem-estar geral.
Em entrevista à BBC em 2020, Hamblin contou o que, com o tempo, o corpo fica mais acostumado à falta de banho, a "pessoa não cheira tão mal" e a pele não fica tão oleosa.
"Muitas pessoas usam xampu para remover a oleosidade do cabelo e, em seguida, aplicam um condicionador para adicionar óleos sintéticos. Se você puder quebrar esse ciclo, seu cabelo vai ficar com a aparência de quando você começou a usar esses produtos", disse à BBC.
O processo de tomar banho com menos frequência foi gradativo. Ele passou a usar menos sabonete, xampu e desodorante e, então, reduzir o número de banhos – algo que fazia quase todos os dias.
Hamblin segue lavando as mãos com sabão e escovando os dentes. Para ele, ainda são essenciais em seu regime de limpeza.
"Houve momentos em que queria tomar banho porque sentia falta, cheirava mal e parecia que minha pele estava muito oleosa. Mas isso começou a acontecer cada vez menos", relembra.
James Hamblin, professor da Escola de Saúde Pública de Yale, em 2019. — Foto: Reprodução/Instagram
O banho é considerado um momento de autocuidado, de aconchego com o próprio corpo, para muita gente. Mas não para James Hamblin, médico especializado em medicina preventiva e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale. Em 2015 ele tomou uma decisão radical: parar de tomar banho.
Com esse experimento, o médico tinha um objetivo claro: investigar os efeitos da higiene mínima na saúde da pele e no bem-estar geral.
Em entrevista à BBC em 2020, Hamblin contou o que, com o tempo, o corpo fica mais acostumado à falta de banho, a "pessoa não cheira tão mal" e a pele não fica tão oleosa.
"Muitas pessoas usam xampu para remover a oleosidade do cabelo e, em seguida, aplicam um condicionador para adicionar óleos sintéticos. Se você puder quebrar esse ciclo, seu cabelo vai ficar com a aparência de quando você começou a usar esses produtos", disse à BBC.
O processo de tomar banho com menos frequência foi gradativo. Ele passou a usar menos sabonete, xampu e desodorante e, então, reduzir o número de banhos – algo que fazia quase todos os dias.
Hamblin segue lavando as mãos com sabão e escovando os dentes. Para ele, ainda são essenciais em seu regime de limpeza.
"Houve momentos em que queria tomar banho porque sentia falta, cheirava mal e parecia que minha pele estava muito oleosa. Mas isso começou a acontecer cada vez menos", relembra.
E o cheiro?
Ele contou que por muito tempo pediu para que colegas e amigos fossem sinceros sobre qualquer tipo de cheiro desagradável. Foi assim que chegou a um ponto em que não mais produz aquele cheiro ruim com o qual estamos tão familiarizados.
"Na maior parte de nossa história, tínhamos cheiros que faziam parte de como nos comunicamos com outras pessoas", explicou na entrevista à BBC.
Ele ainda afirmou ainda que, com o passar do tempo, o cheiro produzido é um odor próprio, não necessariamente ruim.
Hamblim explicou que, quando fala sobre não tomar banho, está se referindo ao sentido tradicional. Ele ainda se enxagua com água quando precisa ou quando quer, sobretudo quando o cabelo está visivelmente sujo. "Você pode esfoliar ou remover os óleos simplesmente esfregando com as mãos e penteando o cabelo ocasionalmente".
"Os micróbios em nossa pele são tão importantes para sua aparência e saúde quanto a microbiota intestinal é para o sistema digestivo", disse.
Apesar de ser um adepto do não-banho, o médico ressaltou que não está dizendo que é certo ou errado, mas que o hábito funcionou para ele.
"Mas para aquelas pessoas que tiveram problemas de pele ou que apenas gostariam de tentar, aconselharia a tomar menos banhos. Comece devagar e continue até onde se sentir bem. Você pode começar com banhos mais curtos, menos frequentes, mais frios, com menos sabão", aconselhou.
Hamblin lembrou que a saúde da pele é, em grande parte, resultado do nosso estilo de vida, ou seja, como dormimos, o que comemos, nosso nível de estresse, nossa atividade física, que bebidas bebemos, entre outros fatores.
Ele contou que por muito tempo pediu para que colegas e amigos fossem sinceros sobre qualquer tipo de cheiro desagradável. Foi assim que chegou a um ponto em que não mais produz aquele cheiro ruim com o qual estamos tão familiarizados.
"Na maior parte de nossa história, tínhamos cheiros que faziam parte de como nos comunicamos com outras pessoas", explicou na entrevista à BBC.
Ele ainda afirmou ainda que, com o passar do tempo, o cheiro produzido é um odor próprio, não necessariamente ruim.
Hamblim explicou que, quando fala sobre não tomar banho, está se referindo ao sentido tradicional. Ele ainda se enxagua com água quando precisa ou quando quer, sobretudo quando o cabelo está visivelmente sujo. "Você pode esfoliar ou remover os óleos simplesmente esfregando com as mãos e penteando o cabelo ocasionalmente".
"Os micróbios em nossa pele são tão importantes para sua aparência e saúde quanto a microbiota intestinal é para o sistema digestivo", disse.
Apesar de ser um adepto do não-banho, o médico ressaltou que não está dizendo que é certo ou errado, mas que o hábito funcionou para ele.
"Mas para aquelas pessoas que tiveram problemas de pele ou que apenas gostariam de tentar, aconselharia a tomar menos banhos. Comece devagar e continue até onde se sentir bem. Você pode começar com banhos mais curtos, menos frequentes, mais frios, com menos sabão", aconselhou.
Hamblin lembrou que a saúde da pele é, em grande parte, resultado do nosso estilo de vida, ou seja, como dormimos, o que comemos, nosso nível de estresse, nossa atividade física, que bebidas bebemos, entre outros fatores.
Convívio com microrganismos
Outro objetivo importante da pesquisa de Hamblin foi a busca pela melhor compreensão de como interagimos diariamente com os microrganismos com os quais temos contato.
"Os micróbios em nossa pele são tão importantes para sua aparência e saúde quanto a microbiota intestinal é para o sistema digestivo", comentou à BBC.
O professor ainda explicou que, quando lavamos nossa pele, mudamos essas populações microbianas e ainda não entendemos totalmente se isso é bom ou ruim.
A presença de microrganismos na pele é como uma primeira barreira contra agentes patológicos e, portanto, é importante para o sistema imunológico.
Historicamente, os micróbios são associados a algo negativo porque estão muito relacionados a doenças. Mas, nas últimas décadas, pesquisas mostraram que aqueles que são nocivos à saúde são minoria.
Outro objetivo importante da pesquisa de Hamblin foi a busca pela melhor compreensão de como interagimos diariamente com os microrganismos com os quais temos contato.
"Os micróbios em nossa pele são tão importantes para sua aparência e saúde quanto a microbiota intestinal é para o sistema digestivo", comentou à BBC.
O professor ainda explicou que, quando lavamos nossa pele, mudamos essas populações microbianas e ainda não entendemos totalmente se isso é bom ou ruim.
A presença de microrganismos na pele é como uma primeira barreira contra agentes patológicos e, portanto, é importante para o sistema imunológico.
Historicamente, os micróbios são associados a algo negativo porque estão muito relacionados a doenças. Mas, nas últimas décadas, pesquisas mostraram que aqueles que são nocivos à saúde são minoria.